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    Cirurgia Pediátrica

Dr. Carlos Augusto L. B. Carvalho

Formado pela Universidade de Cuiabá em 2005, residência médica pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (SP), título de especialista em Cirurgia Pediátrica da Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE) e membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica (SOBRACIL), mestrado em Ciências da Saúde – Área Cirurgia, Nutrição e Metabolismo – pela UFMT, professor da Faculdade de Medicina da UNIVAG, preceptor da residência de Cirurgia Pediátrica na Santa Casa de Cuiabá, colaborador do Projeto ACERTO e atuando em Cuiabá desde 2011.

Dr. Carlos Augusto L. B. Carvalho

CRM/MT 4897 | RQE: 2566

 

 

Dr. Augusto Aurélio de Carvalho

Formado na Universidade Federal Fluminense (UFF), residência médica no Hospital Municipal Souza Aguiar (RJ), título de especialista em Cirurgia Pediátrica pela Associação Brasileira de Cirurgia Pediátrica (CIPE) e Associação Médica Brasileira (AMB), mestrado pela Faculdade de Odontologia pela UNICAMP, preceptor da residência de Cirurgia Pediátrica e coordenador da Comissão de Residência Médica da Santa Casa de Cuiabá, supervisor do internato de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da UNIVAG, atuando em Cuiabá desde 1980.


CRM/MT 1578

 

 

Dr. Osvaldo César Pinto Mendes

Formado pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com residência médica no Hospital Municipal Souza Aguiar (RJ), atuando em Cuiabá desde 1982, professor da Faculdade de Medicina da UNIVAG e preceptor da residência de Cirurgia Pediátrica na Santa Casa de Cuiabá.


CRM/MT 1127

 

 

Cirurgia Pediátrica

As crianças não são adultos em miniatura, dessa maneira apresentam patologias de tratamento cirúrgico bem diverso daquelas encontradas em pessoas adultas e, devem ser tratadas por profissionais especializados treinados para reconhecer essas doenças, e com treinamento adequado para interagir com esses pequenos pacientes.

A Cirurgia Pediátrica é uma especialidade relativamente nova que surgiu justamente pela necessidade de uma abordagem diferenciada desses pequenos pacientes, entendendo a criança como um ser em constante crescimento e desenvolvimento.

O Cirurgião Pediátrico é um médico treinado, qualificado e experiente no cuidado cirúrgico em todas as fases do desenvolvimento da criança, desde o período neonatal até a fase de adolescência. É acostumado a diagnosticar e tratar malformações congênitas e doenças próprias da infância, entendendo as necessidades especiais dessa faixa etária.
Para se tornar um Cirurgião Pediátrico, o médico precisa fazer dois anos de residência em Cirurgia Geral e mais três anos de residência em Cirurgia Pediátrica, onde verá as diferenças existentes no tratamento dispendidos a um adulto e a uma criança, ganhando habilidade no manuseio desses pacientes tão especiais. Normalmente as cirurgias são mais delicadas, realizadas sob anestesia geral e não necessitam de dormir no hospital (porém muitas delas podem ser realizadas em regime de Hospital Dia com internação que varia de 6 a 12 h). Casos cirúrgicos comuns em crianças são as hérnias inguinal e umbilical, cistos da região do pescoço como os branquiais e o tireoglosso, testículos que não estão situados na bolsa testicular, hipospádia e outras malformações do aparelho urinário, fimose, anquiloglossia (“língua presa”), tumores e doenças gastrointestinais. Além do Cirurgião Pediátrico, o fundamental para um bom atendimento é um local voltado para a criança, por isso a CIRPED Kids está instalada em um hospital referência no estado de Mato-Grosso. O Hospital Materno-Infantil FEMINA, que oferece uma estrutura adequada para receber com qualidade estes pacientes..

 

 

 

 

PATOLOGIAS

Rotinas

1 – Hérnia inguinal
Uma das doenças mais frequentes da criança, ocorre por um defeito congênito que leva a uma comunicação da cavidade abdominal com a região inguinal. Pode ser uni ou bilateral, sendo mais frequente à direita, nos prematuros e nas crianças do sexo masculino. O diagnóstico é essencialmente clínico, baseado na queixa de tumoração na região inguinal relacionada aos esforços, e confirmado ao exame físico. O tratamento é cirúrgico em caráter eletivo, e deve ser realizada brevemente para evitar complicações, como o encarceramento e estrangulamento.

2 – Hérnia umbilical
Causada por um defeito congênito do fechamento da parede abdominal, permitindo a protrusão de órgãos intra-abdominais pela cicatriz umbilical. Maior ocorrência em negros e com predisposição familiar. Os estudos indicam que a maioria pode ter fechamento espontâneo até 2 anos de idade. A indicação cirúrgica depende do tamanho da hérnia e do acompanhamento ambulatorial (se há tendência ao fechamento). O índice de complicações relacionada a esta patologia é baixo.

3 – Hérnia epigástrica
Defeito congênito da parede abdominal mediana causando protrusão de gordura (pré-peritoneal) acima da cicatriz umbilical. Tumoração que não desaparece e causa dor ao exame físico. Indicada cirurgia a partir de 01 ano de idade, exceto se dor significativa ou aumento progressivo de tamanho.

4 – Criptorquidismo
Termo genérico utilizado em todas as anormalidades em que a bolsa testicular (escroto) está vazia. Criptorquidia é a parada da migração embriológica do testículo em direção à bolsa testicular. Outros termos utilizados (mas não sinônimos) são: testículo não-descido, distopia testicular e ectopia testicular. O local ideal para o desenvolvimento testicular é dentro da bolsa testicular. O seu posicionamento fora deste local pode levar a atrofia precoce; por isso atualmente a cirurgia é indicada aos 6 meses de idade; a partir desta idade já não ocorre migração espontânea do testículo para o escroto.


5 – Fimose
Impossibilidade da exposição completa da glande devido a presença de uma anel de constrição fibrótico, de etiologia congênita ou adquirida (balanopostites de repetição e descolamento traumático). O tratamento cirúrgico (postectomia) é normalmente indicado nos casos de infecção local de repetição, infecção urinária (casos selecionados) ou complicação com parafimose.

6 – Cisto tireoglosso
Anomalia cervical da linha média causada por falha do desenvolvimento normal da tireóide. Defeito embriológico mais comum do pescoço. Aparece clinicamente ao redor dos 5 anos de idade, como uma massa cervical na linha média, de crescimento lento, que pode complicar com infecção local. Podem ser solicitados Ultra-som e/ou Cintilografia de tireóide para auxílio no diagnóstico. O tratamento é cirúrgico e consiste na retirada do cisto e na porção média do osso hióide.

7 – Anquiloglossia (língua presa)
A língua é presa ao assoalho da boca por um freio, este freio às vezes pode ser curto e restringir os movimentos da língua. Nesses casos está indicada a cirurgia após os seis meses de idade.

Urologia Pediátria





1 - Hidronefrose
Definida como dilatação do sistema coletor urinário, com ou sem obstrução associada. As principais causas são: refluxo vesico-ureteral, cálculo renal e obstrução da junção uretero-pélvica. O diagnóstico pode ser feito durante a gestação através de Ultra-som pré-natal, e sempre deve ser confirmado após o nascimento. As causas obstrutivas geralmente necessitam de tratamento cirúrgico.


2 - Hipospádia
Abertura anormal da uretra na região ventral do pênis (orifício da uretra em local anormal), associado a curvatura do pênis e excesso de prepúcio em região dorsal. Acomete 1 a cada 300 meninos vivos, ocorre devido uma falha no desenvolvimento da uretra. O diagnostico é realizado pelo exame físico e o tratamento é cirúrgico, idealmente entre o 1º e 2º ano de vida.


Patologias cirúrgicas de urgência na criança

1 – Parafimose
Ocorre quando o prepúcio é trazido atrás da glande e não retorna à sua posição original. Ocorre obstrução do fluxo linfático e sanguíneo local, levando a grande edema (inchaço) no prepúcio com dor local. Deve ser prontamente tratada, com redução manual do prepúcio ou tratamento cirúrgico.



2 – Escoto agudo
Caracterizada por dor escrotal aguda. As causas são: torção de testículo; torção de apêndices testiculares e orquiepididimite (infecção). A torção testicular é a patologia mais grave, pois pode levar a necrose do testículo em até 12 horas, e necessita de tratamento cirúrgico de urgência.



3 – Apendicite aguda
Processo inflamatório do apêndice cecal, causado por obstrução do mesmo. Principal causa de cirurgia abdominal em crianças. Pode ocorrer em qualquer idade, porém é mais frequente dos 8 aos 12 anos e raro antes dos 2 anos de idade. A criança apresenta dor abdominal (na região inferior direita do abdome), vômitos, hiporexia (diminuição da fome) e febre. O diagnóstico é clínico, baseado nas queixas do paciente, exame físico e exames complementares (sanguíneos e radiológicos). O tratamento é cirúrgico, consiste na retirada do apêndice (apendicectomia) e limpeza da cavidade abdominal.



4 – Invaginação intestinal
Consiste na penetração de uma alça intestinal dentro de si mesma, levando a obstrução intestinal. A maioria dos casos ocorre entre 6 – 9 meses, com predisposição para o sexo masculino. O quadro inicia-se com dor abdominal em cólicas, com choro forte e agitação. Logo ocorrem os vômitos, distensão abdominal e eliminação de fezes mucossanguinolentas pelo ânus. Trata-se de uma patologia de urgência, que necessita de tratamento imediato por médico habilitado.

Malformações congênitas

1 - Atresia de esôfago
Anomalia congênita caracterizada pela ausência da porção média do esôfago. Deve ser diagnosticada nas primeiras horas de vida, pela não passagem de sonda da boca para o estômago. Pode estar associada a outras malformações: cardíacas, ósseas, renais, traqueais e intestinais. Necessita de tratamento cirúrgico para tentativa de reconstrução esofágica.



2 - Anomalia ano-retal
Grupo de anomalias congênitas decorrentes da falha do desenvolvimento do intestino do embrião. Compreende vários tipos de patologias, podendo inclusive manter comunicação através de fístula com trato urinário. Pode estar associada a outras malformações.



3 – Doenças dos remanescentes branquiais
Defeitos oriundos dos arcos e fendas branquiais. Localizam-se na região da cabeça e pescoço. Tem indicação cirúrgica a partir dos 6 meses de idade, para evitar complicações como infecção local.



Videocirurgia Pediátrica

A prática da videocirurgia na criança teve seu início na década de 90, e vem sofrendo grandes avanços com o desenvolvimento de materiais de alta tecnologia nos últimos anos, possibilitando a correção de diversas patologias por meio da cirurgia minimamente invasiva, com os benefícios de menor dor pós-operatória, menor tempo de internação, mais rápido retorno a atividades habituais e melhor aspecto estético. Tem como limitação no paciente pediátrico a maior dificuldade em obtenção de materiais de tamanho específico para crianças. Várias patologias podem ser tratadas com auxílio da videocirurgia, dependendo de material adequado e experiência do cirurgião. As mais comuns são: criptorquidia (em caso de testículos não-palpáveis/intra-abdominais), apendicite aguda, colecistectomias (retirada da vesícula geralmente por cálculos), doença do refluxo gastro-esofágico, patologias ovarianas (cistos ovarianos) e cirurgias torácicas como o tratamento do empiema pleural em pneumonias graves.

PROJETO ACERTO em Cirurgia Pediátrica

O Projeto ACERTO é um protocolo multimodal de condutas pré-operatórias, que tem como objetivo acelerar a recuperação do doente cirúrgico. Desde 2015 também orienta condutas para a Cirurgia Pediátrica, baseado em dados publicados na literatura mundial, como abreviação do jejum pré-operatório com o uso de uma bebida rica em carboidratos, realimentação precoce após cirurgias, uso seletivo de antibióticos, sondagem gástrica e drenos abdominais após cirurgias, mobilização precoce entre outras. Todas essas condutas tem o objetivo de melhorar a recuperação da criança durante o período de pós-operatório.

  • Consultório: Rua Corumbá, 450, consultório 16, 1º andar
  • Cidade: Cuiabá - MT - CEP 78008-100
  • Telefone: (65) 3322-7587

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